Você certamente já ouviu falar em princípio alfabético, conceito que tem sido difundido amplamente nos últimos anos. Considerado uma das habilidades precursoras da alfabetização, assim como a consciência fonológica e os vocabulários expressivo e receptivo, o mecanismo consiste na representação dos fonemas por grafemas.
Não entendeu? A gente explica: o princípio nada mais é do que o entendimento de que as palavras são compostas de letras e as letras representam sons individuais. Ainda de acordo com o mecanismo, cada fonema é representado por um grafema – por isso a compreensão do funcionamento do princípio alfabético é considerada a chave da aprendizagem da leitura e da escrita.
Afinal, o conhecimento dos nomes e formas das letras é fundamental na alfabetização e está diretamente ligado à capacidade de lembrar as formas das palavras escritas e compreendê-las em uma sequência.
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Papel do princípio alfabético na educação
O processo de alfabetização consiste, basicamente, no aprendizado do alfabeto e sua utilização como uma forma eficiente de comunicação. Mas, para que a máxima seja verdadeira, além de entender os conceitos de leitura e escrita, as crianças precisam, antes de mais nada, ter conhecimento total de todas as letras que compõem o nosso idioma.
E é aí que entra o princípio alfabético como ferramenta de aprendizagem. O domínio do mecanismo garante às crianças uma base muito mais sólida de ensino, uma vez que consiste na decodificação das palavras e na compreensão das sílabas e dos sons que elas produzem.
Nesta etapa do desenvolvimento infantil, aliás, reconhecer e nomear as letras é essencial para uma alfabetização plena e satisfatória. Por isso, na prática, as crianças são estimuladas a identificar as letras e entender a correspondência entre os grafemas – que formarão palavras quando lidos em conjunto, no fim do dia.
Do mesmo modo, quando o princípio alfabético não é bem desenvolvido, os pequenos podem ter dificuldades de aprendizagem, da leitura à escrita.
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Como aplicar o princípio alfabético em sala de aula
No processo de alfabetização, as crianças são expostas a nomes, formato e sons das letras por meio de atividades, músicas, brincadeiras e muito mais. É neste momento, inclusive, que o princípio alfabético precisa começar a ser trabalhado.
Mais do que trabalhar o alfabeto ou seus padrões, é importante reforçar as diferenças entre o sistema escrito e o sistema oral da língua, por exemplo. Além disso, explorar as relações entre as letras e sons de forma explícita e isolada, estimulando as crianças a aplicarem esse conhecimento em palavras familiares e desconhecidas, também pode ser uma estratégia inteligente.
Uma boa dica é apostar em brincadeiras de soletrar ou jogos e atividades que permitam a inclusão de novas relações de letras sonoras, como caça-palavras ou construção de palavras. Livros ilustrados também são grandes aliados para uma leitura mais dinâmica, uma vez que permitem que a criança relacione um símbolo ou objeto com determinada letra – por associação, inclusive.
A ideia é justamente explorar com os pequenos as características e sons de cada letra para que eles desenvolvam, ainda mais, as habilidades de leitura, escrita e interpretação.
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