Consciência fonológica e seu papel no processo de alfabetização

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Um dos maiores desafios do processo de alfabetização é o desenvolvimento de competências e habilidades específicas, como a consciência fonológica, antes mesmo das práticas de leitura e escrita. São elas que permitem entender as diferentes facetas da linguagem.

No Brasil, o termo tem ganhado os holofotes nos últimos anos, seguindo uma tendência apresentada em grande parte dos países do mundo, que aperfeiçoaram a alfabetização e políticas públicas com foco em ciências cognitivas.

Pesquisas apontam, inclusive, que ensinar as crianças usando a consciência fonológica é, justamente, a forma mais confiável de garantir que elas aprendam a ler e escrever. 

O movimento pode estar atrelado ao fato de que a linguagem escrita é um código e cheia de significados. E, enquanto algumas combinações de letras representam, de maneira previsível, certos sons, outras precisam de mais estudo e habilidade. 

Mas, o que isso significa na prática?

 

O que é consciência fonológica?

A consciência fonológica é uma habilidade metalinguística que inclui:

  • A percepção do tamanho da palavra
  • Semelhanças fonológicas entre elas
  • Segmentação e manipulação de sílabas, aliterações (figuras de linguagem) e rimas. 

Na prática, significa descobrir que as palavras são formadas por fonemas e que eles são representados por grafemas (letras), que permitem extrair o som típico das palavras escritas. 

Ou seja, uma vez que a habilidade é desenvolvida corretamente, as crianças têm mais facilidade para:

  • Compreender que uma frase tem várias palavras;
  • Aprender sobre divisão silábica;
  • Perceber que uma palavra pode começar ou terminar com o mesmo som;
  • Misturar sílabas;
  • Ler e escrever; e
  • Criar palavras.

Nesse sentido, é certo dizer que, à medida que a criança identifica as letras, seus valores fonológicos e suas formas, ela desenvolve uma consciência fonêmica. Por isso, a competência é considerada a chave para compreensão do princípio alfabético.

O mesmo princípio é aplicado para aquelas situações em que a habilidade não é tão bem desenvolvida, uma vez que os alunos passam a apresentar dificuldades de leitura e, muitas vezes, de fala. O que impacta diretamente no desenvolvimento acadêmico da criança, que pode ser inferior à média esperada para sua idade.

 

Como trabalhar a consciência fonológica?

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Você certamente já entendeu que a consciência fonológica é uma habilidade essencial para o processo de alfabetização – e bastante abrangente. Mais do que identificar e manipular intencionalmente unidades da linguagem oral, ela permite segmentar de modo consciente as palavras e o nível da sílaba.

Para auxiliar no desenvolvimento da consciência fonológica, é importante trabalhar com atividades associadas à correspondência grafema-fonema, memória operacional fonológica, entre outros.

Estimular a percepção de sons, por exemplo, por meio de atividades que envolvam toque do despertador, batida de porta, batidas do coração, som da mastigação, barulho do vento, miado do gato, entre outros, é uma boa ideia para que as crianças se familiarizem.

Trabalhar atividades que permitam identificar palavras que iniciam com o mesmo som, não necessariamente a mesma letra, por meio de músicas, figuras e outras ações também pode ser interessante para estes grupos. 

Como você pode perceber, a consciência fonológica deve antever qualquer método de alfabetização, sendo geralmente iniciado a partir dos três ou quatro anos de idade. Daí a importância de estimular o conhecimento pelo lado lúdico.

As atividades, inclusive, podem ser realizadas tanto em ambiente de sala de aula, por professores e pedagogos, quanto por fonoaudiólogos. O importante, no fim do dia, é garantir que as crianças compreendam as habilidades de consciência fonológica e estejam preparadas para o processo de alfabetização da forma mais completa possível.

LEIA MAIS: Alfabetização e o Sistema de Escrita Alfabética (SEA)

 

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