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O que é discalculia e como ela interfere na alfabetização?

discalculia

Solitária e limitante, a dificuldade de aprendizagem pode estar relacionada a algum transtorno, como a discalculia. E diagnosticar e/ou entender o porquê para uma criança tudo parece tão difícil, enquanto para os outros a conclusão das atividades é mais simples, é importante para um desenvolvimento pleno e satisfatório.

Afinal, quando este – ou qualquer outro transtorno – não é tratado da forma correta, é provável que haja um déficit no processo de aprendizagem e problemas futuros nas relações pessoais e profissionais.

 

Mas, afinal, o que é discalculia?

Causado por uma má formação neurológica, o transtorno consiste na dificuldade no aprendizado dos números. Geralmente, o problema se manifesta em crianças que estão em idade escolar e pode ser vivenciado de diferentes formas: elas podem ter dificuldade para pensar, refletir, avaliar ou raciocinar atividades relacionadas à matemática, por exemplo.

O transtorno, no entanto, não é causado por deficiência mental, má escolarização, déficits visuais ou auditivos. Também não há, na bibliografia, nenhuma ligação com níveis de QI e inteligência.

Simplesmente as crianças portadoras de discalculia não conseguem identificar sinais matemáticos ou classificar os números. Montar operações, entender princípios de medida ou de moedas e compreender conceitos matemáticos são atividades muito mais difíceis neste caso.

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Tipos de discalculia

A discalculia pode aparecer entre os quatro e cinco anos de idade, ou seja, ainda na educação infantil. Nessa fase, no entanto, não é possível garantir um diagnóstico certeiro, que costuma ser feito por volta dos sete anos, quando a criança começa, oficialmente, a ter contato com os conceitos matemáticos em si, como operações de soma, subtração, multiplicação e divisão.

É importante notar, ainda, que o transtorno pode se manifestar de diferentes formas e graus, sendo:

  • Discalculia léxica: dificuldade na leitura de símbolos matemáticos;
  • Discalculia verbal: dificuldade em nomear quantidades matemáticas, números e símbolos;
  • Discalculia gráfica: dificuldade na escrita de símbolos matemáticos;
  • Discalculia operacional: dificuldade na execução de operações e cálculos;
  • Discalculia practognóstica: dificuldade em enumerar, manipular e comparar objetos reais ou imagens;
  • Discalculia ideognóstica: dificuldade em operações mentais e no entendimento de conceitos matemáticos.

E, assim como acontece na matemática, que também não é exata, o transtorno não deve se manifestar da mesma forma nas crianças. Afinal, cada indivíduo é único. Dessa forma, para que exista, de fato, um diagnóstico, é imprescindível que o professor esteja atento à trajetória da aprendizagem do aluno.

Símbolos matemáticos malformados, incapacidade de operar com quantidades numéricas, dificuldade em reconhecer os sinais das operações ou na leitura de números são sintomas que podem indicar que algo não vai bem.

Esse olhar cauteloso, aliás, é fundamental para um tratamento eficiente. Assim como acontece com outros transtornos, a discalculia deve ser identificada o quanto antes para que não haja o comprometimento do desenvolvimento escolar da criança.

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Importância da Matemática na alfabetização infantil

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Muito se fala sobre a importância do estímulo e do ensino da Língua Portuguesa para crianças na Educação Infantil. Embora ela contribua para o desenvolvimento da escrita, fala, leitura e interpretação, o processo de aprendizagem vai além.

E é aí que entra a Matemática. A matéria tem se mostrado cada vez mais importante para o desenvolvimento cognitivo dos pequenos, permitindo a construção da capacidade de pensar e processar as informações. Ou seja, quanto antes as crianças tiverem contato com a matéria, maior a capacidade de aprender, reter informações e responder aos desafios cotidianos.

E quando falamos em crianças com discalculia, esse desenvolvimento pode ser prejudicado a médio e longo prazos. Adultos que não foram diagnosticados corretamente, por exemplo, tendem a sofrer com baixo senso dos números e estimativas, dificuldade para entender valores ou dificuldade para usar o dinheiro, como receber troco, por exemplo.

 

Discalculia: como lidar com o transtorno em sala de aula?

Porém, mais do que garantir um diagnóstico eficiente e coerente o quanto antes, é importante tratar o problema. Embora não tenha cura, o tratamento correto ajuda a evitar sentimentos de insegurança e incerteza, ou ansiedade, por exemplo.

A abordagem correta permite, ainda, incluir as crianças que sofrem com esse transtorno na rotina de aulas, sem que se sintam excluídas. Para isso é importante que todos estejam dispostos a ajudar: pais, familiares, escola, amigos, professores e profissionais.

É um processo que exige paciência, esforço, disponibilidade e constância. No que se refere à escola, o apoio requer, também, uma dose adicional de estratégias pedagógicas. Além de respeitar o espaço e as limitações de aprendizado da criança, retomando o conteúdo quantas vezes forem necessários, é importante, por exemplo, fornecer materiais adaptados de acordo com a sua necessidade.

Igualmente necessário é utilizar metodologias específicas para o tipo de discalculia apresentado e equilibrar o tempo gasto com as explicações.

A ideia é, justamente, garantir que os pequenos se sintam seguros e entendam que tudo isso faz parte do processo. Com respeito e parceria, é possível evitar comportamentos inadequados e, principalmente, garantir um desenvolvimento completo, sem frustrações e desinteresse.

CONTINUE LENDO: Matemática para crianças: como introduzir os números na educação infantil?

 

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