A preocupação com o meio ambiente cresceu consideravelmente nos últimos anos, acendendo um alerta nas escolas, que passaram, inclusive, a trabalhar o ESG na Educação. Do ponto de vista pedagógico e de gestão escolar, o termo, que surgiu no mundo corporativo, tem revolucionado o segmento dia após dia e promete ainda mais mudanças.
Mas, antes de falar delas – e do impacto real do ESG na Educação –, é importante conceituar o termo. ESG é a sigla em inglês para Environmental, Social e Governance ou, no bom e velho português, Ambiental, Social e Governança.
Na prática, trata-se de um conjunto de boas práticas, ações e estratégias baseadas nestes três pilares e que vão além da preservação do meio ambiente. Nesse sentido, a responsabilidade social e a governança também devem ser abordadas por toda empresa que deseja um crescimento saudável e se preocupa com as gerações futuras – incluindo instituições de ensino.
LEIA MAIS: 4 formas de promover a inovação na educação
Como aplicar o ESG na Educação?
O ESG é uma ferramenta importante para quem deseja maximizar os resultados positivos e reduzir os impactos negativos, sem deixar de lado a sustentabilidade e as demandas da sociedade e das novas gerações.
Colocar o termo em prática, no entanto, não é tão difícil quanto parece – mas é preciso ter paciência e boa vontade. Para entender mais, ou como, destrinchamos os pilares abaixo:
- Ambiental: ações de conservação ao meio ambiente e boas práticas voltadas para gestão de resíduos, desmatamento, eficiência energética, entre outras;
- Social: estratégias relacionadas à responsabilidade social, geralmente voltadas para a comunidade na qual a empresa está inserida. O conceito considera, ainda, outras frentes, como Direitos Humanos, diversidade e segurança e saúde no ambiente de trabalho;
- Governança: estratégias de administração ética e responsável, que contemplam a transparência de dados e condutas corporativas mais eficientes.
Mas, como aplicar, efetivamente, o ESG na Educação? O conceito deve ser trabalhado de forma integrada, dentro e fora da sala de aula, considerando as estratégias de governança e os impactos sociais e ambientais.
E a melhor maneira de fazer isso é mapeando os riscos, oportunidades e impactos – positivos e negativos – do negócio, nas esferas administrativa e pedagógica. Dessa forma é possível traçar estratégias e adotar boas práticas que podem ajudar a tornar a escola um local socialmente consciente, sustentável e corretamente gerenciado.
Confira algumas dicas.
Promova a diversidade e inclusão
O mundo está em constante evolução e fazer da escola um espaço seguro, diverso e inclusivo é essencial para quem deseja trabalhar os pilares do ESG. Isso inclui, por exemplo, contratar funcionários de diferentes etnias, raças e gêneros ou com deficiência.
A convivência com pessoas com múltiplas características é importante para a escola, mas principalmente para as crianças, que aprendem desde cedo a trabalhar e desenvolver a empatia.
Por isso, mais do que promover a contratação desses profissionais para criar uma escola acolhedora, é importante que a diversidade e inclusão façam parte do planejamento de aulas. O incentivo à troca de conhecimento, opiniões e experiências diversas pode ser feito de diversas formas, inclusive por meio de rodas de conversa e atividades extraclasse.
O importante é sempre estimular a convivência e o respeito às diferenças, especialmente tratando de grupos minoritários, como deficientes, pessoas negras, indígenas e LGBT+.
Adote boas práticas de preservação do meio ambiente
Trabalhar a preservação do meio ambiente dentro de sala de aula é essencial para uma formação mais completa e consciente. Nesse sentido, o ideal é promover e incentivar ações de sustentabilidade, que incluem coleta seletiva, reciclagem de material escolar, criação de uma horta comunitária, reuso de água de chuva e assim por diante.
Com crianças menores, é possível trabalhar o tema de um jeito mais lúdico ainda, com oficinas de reciclagem e utilização de objetos e móveis escolares velhos para construção de outros itens.
Incentive a economia circular e financeira
O ESG na escola pode ser vivenciado também por meio da economia circular, que consiste na utilização racional e consciente dos recursos, com foco no desperdício zero. Ou seja, substituir materiais e atividades impressas por modelos online ou em papel reciclado.
Também é importante trabalhar a educação financeira infantil, oferecendo insumos às crianças para que desenvolvam desde cedo habilidades para o manejo consciente do dinheiro.
Atenção ao ambiente escolar saudável
Um dos pilares do ESG na Educação é a manutenção de um ambiente saudável e acolhedor para alunos e profissionais.
Ao adotar boas práticas sociais, que incluem treinamentos e valorização profissional, por exemplo, é possível elevar o nível de aprendizagem, ao mesmo tempo em que se garante um clima mais saudável entre os funcionários.
Da mesma forma, é importante promover ações que envolvam a comunidade e a família dos alunos sobre temas diversos, estimulando a participação dos pais na vida escolar das crianças.
Em linhas gerais, a aplicação do ESG na Educação é uma tendência e é urgente! Por meio das estratégias certas, é possível construir uma imagem positiva da instituição de ensino, automatizar processos e estabelecer ações que prometem melhorar a qualidade de vida e bem-estar dos alunos, profissionais e das gerações futuras.
LEIA TAMBÉM: Como a relação entre professor e diretor impacta o ensino dos alunos?
Acompanhe as melhores dicas sobre aprendizagem infantil!
Facilitar o processo de aprendizagem infantil, capacitando pais e profissionais, é o objetivo da Oficina da Inteligência. Fundada pela psicopedagoga Carla Silva e pelo CEO Willian Moreira, a plataforma visa transformar as relações humanas e melhorar o processo de ensino oferecendo treinamentos a professores.
Com uma visão 360°, o site oferece também aos pais todo o conhecimento necessário para que possam participar desta jornada de conhecimento e desenvolvimento. Entre em contato!