De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), o número de casos de Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) varia entre 5% e 8% em todo o mundo. Somente no Brasil, a condição afeta cerca de 2 milhões de pessoas. Mas, você sabia que existem diferentes tipos de TDAH?
Agitação, inquietação, dificuldade de organização e planejamento, falta de atenção e dificuldade em permanecer concentrado em atividades longas ou repetitivas são alguns sinais de que algo não está bem. Mas os sintomas do transtorno vão além e podem impactar profundamente diversos aspectos da vida – da infância à fase adulta.
Para garantir o tratamento correto, é importante entender que existem três tipos de TDAH:
- Desatento;
- Hiperativo/impulsivo
- Misto ou Combinado
Cada um deles se manifesta de uma forma e, mais do que isso, possui um conjunto de sintomas comportamentais específicos. Isso significa que os desafios mencionados acima podem variar de acordo com o caso.
Tipos de TDAH e suas características
É importante conhecer bem a condição neurodesenvolvimental de cada tipo de TDAH e, principalmente, as particularidades de cada uma das modalidades.
TDAH Hiperativo/Impulsivo
Os pacientes do tipo hiperativo/impulsivo, por exemplo, sentem necessidade de se movimentar constantemente e têm dificuldade em permanecer sentadas. Inquietos, eles costumam falar muito, interromper as falas do interlocutor e completar suas frases antes que ele termine de completar seu raciocínio.
TDAH Desatento
As pessoas diagnosticadas com o tipo desatento, por sua vez, possuem problemas de memória e se distraem facilmente com estímulos externos, tendo, ainda, maior dificuldade em manter a atenção e seguir regras. Instruções detalhadas também são desafiadoras, assim como organização de tarefas e planejamento de atividades.
TDAH Combinado/Misto
Neste caso, os pacientes geralmente demonstram sintomas de desatenção e de hiperatividade e impulsividade.
Como identificar os tipos de TDAH
Antes de mais nada, é importante notar que o TDAH não deve ser encarado como uma condição simples. O transtorno é complexo, com diferentes características e nuances.
Além de existirem três tipos de TDAH, a condição não se manifesta da mesma forma em todas as crianças. Por isso, o diagnóstico deve ser feito por um profissional e considerar, pelo menos, seis dos nove sintomas por pelo menos seis meses em dois ou mais ambientes – em casa e na escola. Daí a importância de um bom acompanhamento psicopedagógico.
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3 tipos de TDAH: quais os sintomas de cada um?
Os pais e a escola devem trabalhar juntos e se manter atentos aos comportamentos. Abaixo separamos os principais sintomas, de acordo com os tipos de TDAH.
Tipo hiperativo/impulsivo
- Inquietação;
- Dificuldade em permanecer sentado;
- Agitação em situações inadequadas;
- Incapacidade de brincar ou se envolver em atividades de lazer em silêncio;
- Incapacidade de permanecer parado por um longo período;
- Fala excessiva;
- Ansiedade em completar as frases das pessoas;
- Hiperfoco;
- Dificuldade em esperar sua vez;
- Intromissão em conversas, jogos ou atividades;
- Uso de coisas de outras pessoas sem pedir ou receber permissão.
Tipo desatento
- Falta de atenção aos detalhes e/ou erros por descuido nas tarefas escolares, no trabalho ou em outras atividades;
- Dificuldade em manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas;
- Falta de atenção quando outra pessoa está falando;
- Dificuldade de seguir as instruções e terminar tarefas;
- Dificuldade em organizar e gerenciar tarefas e atividades;
- Dificuldade em se envolver em tarefas que exigem esforço mental sustentado, como trabalho escolar;
- Comumente perde coisas necessárias para tarefas ou atividades;
- Hiper-reatividade;
- Dificuldade de concentração, especialmente quando há estímulos externos e internos;
- Falta de compromisso no cumprimento de atividades diárias.
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Importante dizer que o diagnóstico só pode ser realizado por um médico especialista, uma vez que cada caso e tipo de TDAH requer uma abordagem personalizada.
Embora o transtorno possa assustar, o tratamento deve ser realizado com cautela e a devida importância, uma vez que os sintomas podem interferir no desenvolvimento da criança.
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