A linguagem oral desempenha um papel central nas relações humanas. Afinal, é por meio dela que socializamos, nos conectamos com o mundo, organizamos os pensamentos e adquirimos conhecimento e experiências.
E, ao contrário do que imaginamos, essa capacidade de se comunicar não tem relação direta com o perfil do indivíduo – se ele é introspectivo ou extrovertido, por exemplo – e sim com a habilidade de transmitir a informação.
Por isso, é essencial que o desenvolvimento da linguagem oral esteja presente desde o início da vida acadêmica. Para as crianças, aliás, esta abordagem é considerada, também, um motor para os processos de ensino e aprendizagem.
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Como desenvolver a linguagem oral em crianças
Não dá para negar: cada criança tem o seu próprio ritmo de aprendizagem. Enquanto algumas começam a falar desde cedo, outras podem demorar um pouco mais. O mesmo argumento é válido para os casos em que os pequenos apresentam apenas trocas de sons ou não conseguem construir frases.
É importante notar, ainda, que o processamento da linguagem oral tende a ser complexo e contempla níveis como decodificação, armazenamento, acesso, evocação e planejamento. Em outras palavras, consiste em entender palavras ditas pelos outros, bem como sons, palavras e significados.
Daí a importância de estimular o desenvolvimento da linguagem oral. O vocabulário, aliás, é considerado a base para uma alfabetização competente. Pesquisas internacionais revelam que, aos dois anos, isto é um fator preditivo de desempenho escolar, por exemplo.
Como a linguagem oral consiste em um sistema de símbolos utilizados para organizar o pensamento e para garantir a comunicação efetiva, ela envolve compreender o que o outro diz, elaborar conteúdos e expressar ideias e necessidades verbalmente. Nesse cenário, dois temas chamam a atenção: o vocabulário expressivo e o vocabulário receptivo.
Vocabulário expressivo e o vocabulário receptivo: qual o papel deles na linguagem oral?
O vocabulário expressivo está relacionado à habilidade de produzir itens lexicais – ou seja, o conjunto de palavras pertencentes à determinada língua. No sistema linguístico primário, eles equivalem a palavras faladas ou sinais emitidos; no secundário, a escritas ou sinais escritos.
Dessa forma, quanto maior o vocabulário expressivo, maior a habilidade do emissor em produzir a linguagem oral.
É importante notar que o vocabulário expressivo pode ser medido pelo número de palavras que a criança sabe pronunciar.
O vocabulário receptivo, por sua vez, equivale à habilidade de compreender os itens lexicais. Dessa forma, quanto maior o vocabulário receptivo, maior a habilidade de compreender a linguagem, seja falada, escrita ou de sinais.
Na prática, a criança desenvolve essa capacidade ouvindo as pessoas conversando com ela e ao redor dela – natural desde o nascimento.
Em linhas gerais, a linguagem oral deve ser estimulada desde a infância e a qualidade da interação, bem como a disponibilidade de atividades e brinquedos, livros e gibis, por exemplo, influenciam diretamente o desenvolvimento dessa habilidade.
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