A memória auditiva desempenha um papel crucial no processo de aprendizagem, tanto quanto a memória visual ou a compreensão textual. Relacionada à capacidade de aprender por meio do som, essa habilidade atua diretamente no desenvolvimento do aprendizado, da linguagem e de habilidades cognitivas.
Também conhecida como memória ecoica, ela é responsável pelas informações que recebemos em nosso dia a dia por meio de conversas, músicas, áudios, palestras e assim por diante – dentro e fora da sala de aula.
Com uma área extensa de armazenamento, embora seja uma memória curta, este tipo de habilidade estimula competências como atenção, escuta ativa e memória e é resistente às lesões cerebrais.
Na prática, o processo de criação da memória auditiva está dividido em quatro etapas:
- Audição: as informações faladas são ouvidas;
- Processamento das informações: o cérebro absorve e interpreta tudo o que foi dito;
- Armazenamento das informações: a mensagem é armazenada na memória de curto prazo;
- Lembrança: uma vez armazenada, as informações podem ser acessadas.
É importante notar que a memória auditiva funciona por meio de estímulos, que são enviados para o processador auditivo central, criando uma imagem que ajuda a fixar as informações no cérebro. Por isso, é essencial trabalhar este tipo de habilidade ainda na alfabetização infantil, pois é um preditor de sucesso para a aquisição da leitura e escrita.
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Importância da memória auditiva
Desde muito cedo as crianças absorvem os sons ao seu redor, internalizando o ritmo e padrões. Afinal, estamos condicionados a reproduzir tudo aquilo que ouvimos.
Na fase de alfabetização não seria diferente: a capacidade de aprender novas palavras e conceitos está diretamente ligada à memória auditiva. É esta habilidade que permite processar e armazenar informações necessárias, que serão usadas mais tarde.
O contrário também é verdadeiro. Ou seja, crianças que apresentam déficit de memória auditiva podem ter dificuldades para aprender a ler e a escrever – ou, ainda, fazer somas e contas mais complexas –, já que elas não conseguem armazenar e reproduzir sons e palavras adequadamente.
Além disso, o déficit de memória auditiva está frequentemente relacionado com a dificuldade de leitura, dislexia, TDAH e outros transtornos relacionados à dificuldade de concentração.
Daí a importância de acompanhar e consultar especialistas ao menor sinal de alerta.
Como estimular a memória auditiva
A memória auditiva não é estática e deve ser cultivada e aprimorada ao longo do tempo. Ou seja, é importante que pais e professores adotem estratégias para estimular a habilidade e garantir o desenvolvimento integral das crianças.
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Uma boa forma de fazer isso é por meio de atividades e brincadeiras que utilizem sons variados, como rodas de conversa, trabalhos em grupo, teatros de fantoche e musicalização. Além de tornar o dia a dia mais leve e dinâmico, uma vez que envolvem os alunos e estimulam a escuta ativa, essas atividades facilitam a retenção e a compreensão de informações.
Para crianças mais velhas, atividades relacionadas à repetição oral, ouvir histórias ou até mesmo gravações, audiobooks e podcasts também podem ser aliadas nesse processo e ajudar a desenvolver e fortalecer a memória auditiva.
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