A consciência fonêmica é uma habilidade essencial para a criança se tornar uma boa leitora. Afinal, quando falamos em alfabetização, entender alguns conceitos é obrigatório para garantir um processo educativo eficiente e os estímulos adequados.
Na teoria, o conceito consiste na percepção das palavras, que, sabemos, são compostas por pequenos sons individuais (fonemas). Na prática, ter essa consciência é ser capaz de perceber, pensar e manipular os sons sem grandes problemas.
O desenvolvimento da habilidade, aliás, está diretamente relacionado ao sucesso da alfabetização. Isso porque as crianças que não entendem ou não conseguem manipular os fonemas das palavras tendem a ter mais dificuldade em aprender a ler e a escrever.
A boa notícia é que é possível mudar o jogo e estimular essa habilidade por meio de uma instrução adequada. Mas, antes, é importante entender um pouco mais sobre o assunto.
Diferença entre consciência fonêmica e consciência fonológica
É certo dizer que a consciência fonêmica é uma habilidade da consciência fonológica, tão fundamental quanto a primeira no processo de alfabetização. Uma linha tênue, aliás, separa os dois conceitos, comumente utilizados de forma alternada durante o ensino.
Enquanto a consciência fonêmica diz respeito à habilidade de manipular sons individuais ou fonemas conscientemente, a consciência fonológica está relacionada à habilidade de manipular não apenas os sons individuais, mas também as sílabas, as partes das sílabas e as palavras.
Assim, mais do que identificar letras, dominar estas habilidades é ser capaz de:
- Identificar o primeiro ou o último som de uma palavra;
- Entender palavras que rimam;
- Reconhecer o número de sílabas em um nome; e
- Segmentar uma frase em palavras.
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Importância da consciência fonêmica na alfabetização
Nos últimos anos, a alfabetização tem se consolidado entre os assuntos mais relevantes no cenário brasileiro. O mesmo vale para as habilidades e competências que tangem o ensino, como é o caso da consciência fonêmica e consciência fonológica.
A preocupação e os constantes estudos na área são plausíveis: o Brasil registrou um aumento de 66,3% no número de crianças de seis e sete anos no Brasil que não sabem ler e escrever, entre 2019 e 2021, de acordo com dados da organização Todos Pela Educação.
Trabalhar adequadamente estes dois conceitos em sala de aula é essencial para que esse número diminua gradativamente – muito embora, sozinhas, não sejam capazes de mudar esta realidade tão rapidamente.
Entender que a consciência fonêmica é uma parte da consciência fonológica e que é preciso se aprofundar no assunto é o primeiro passo para uma alfabetização respeitosa. Mais do que isso, é importante colocar em prática o conceito, por meio de atividades lúdicas e brincadeiras que permitam que as crianças se conectem com o som, a rima e as letras.
Afinal, como identificar uma palavra se não for possível ouvir os sons (fonemas) que a compõem? O ideal, nesse sentido, é ensinar as crianças a isolar, identificar e categorizar os fonemas, para que sejam capazes de manipulá-los ou formar palavras.
Brincadeiras com palmas, concursos de soletrar ou atividades de subtração e adição de fonemas são boas estratégias para quem deseja um ensino mais dinâmico e divertido. A ideia é sempre estimular as crianças a formarem palavras novas, combinando os fonemas.
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