Autonomia infantil: por que ela é tão importante?

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Nos últimos, a preocupação com a autonomia infantil tem sido cada vez mais latente no contexto escolar e no âmbito familiar. Isso porque o desenvolvimento deste tipo de habilidade logo na primeira infância estimula e permite a construção do indivíduo e de algumas características importantes para toda a vida adulta.

Da mesma forma, ajuda no processo de aprendizagem e oferece à criança a consciência necessária sobre leis e regras que devem ser seguidas e que são importantes para uma boa convivência em sociedade.

Mas incentivar a independência, delegar responsabilidade e estimular a consciência em relação aos próprios atos nem sempre é tarefa fácil.

A boa notícia é que é possível fazer tudo isso de um jeito natural e sem traumas.  Afinal, qual é a criança que não gosta de explorar e se desafiar, não é mesmo? E é justamente sobre isso que vamos tratar neste artigo.

 

Autonomia infantil: como funciona na prática?

Antes de mais nada, é importante conceituar o termo. Por definição, uma pessoa autônoma é aquela que é capaz de tomar decisões e realizar atividades sem a ajuda de ninguém. Quando falamos em autonomia infantil, o princípio permanece, mas é importante levar em consideração o universo das crianças – e, claro, respeitar suas capacidades e limites.

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E quanto mais cedo essa habilidade for estimulada, melhor. Afinal, mais do que incentivar a criança a fazer atividades sozinha, a autonomia na Educação Infantil permite que ela:

  • Aprenda a enfrentar as frustrações e medos;
  • Assuma as consequências de suas decisões;
  • Desenvolva habilidades cognitivas e o raciocínio lógico-matemático; e
  • Entenda o seu papel na sociedade e sua responsabilidade.

Além disso, há ganhos em relação ao desenvolvimento socioemocional, uma vez que é possível trabalhar aspectos como persistência, coragem, autoestima e autoconfiança.

 

Como estimular a autonomia da criança?

Estimular a autonomia da criança é essencial para que ela tenha mais responsabilidade e liberdade. Isso não significa, no entanto, que ela deve fazer tudo sozinha. Pelo contrário!

As atividades devem ser sempre supervisionadas e as expectativas também devem estar alinhadas: os pequenos talvez não consigam fazer as coisas de primeira; é preciso persistir.

Ou seja, é importante que a habilidade seja trabalhada de uma forma natural, contínua e gradual, sempre respeitando os limites e o desenvolvimento motor e cognitivo de cada idade – uma criança de um ano, por exemplo, não deve conseguir lavar a louça ou dobrar as roupas, por exemplo.

Quer saber como isso funciona na prática? Confira a seguir alguns exemplos de atividades que podem ajudar a estimular a autonomia infantil, de acordo com a faixa etária.

Crianças de 0 a 3 anos

Na chamada primeira infância as crianças se desenvolvem rapidamente. É nessa idade também que elas ficam mais independentes e aprendem a andar, a falar e a reconhecer sons, cores e formas. Por isso, é um bom momento para estimular a autonomia por meio de atividades simples, como:

  • Guardar os brinquedos e roupas após o uso.
  • Usar talheres para comer sozinha.
  • Guardar roupas e calçados no guarda-roupas ou no cesto.
  • Escolher a roupa e se vestir sozinha.

Crianças de 3 a 5 anos

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A faixa etária é conhecida como “fase da afirmação” por um motivo: é justamente quando a criança decide quebrar todas as regras simplesmente porque descobre que é capaz disso.

Os pequenos dessa faixa etária também estão com o desenvolvimento neuropsicomotor completo, o que significa que eles já são capazes de manter o foco por mais tempo, entender as regras e realizar atividades mais complexas. É um bom momento para incentivar pequenas tarefas, como:

  • Arrumar a mesa para as refeições.
  • Escovar os dentes e tomar banho sozinha.
  • Ir ao banheiro sozinha.
  • Organizar a mochila da escola e de outras atividades extras – natação, ballet, judô e assim por diante.
  • Limpar os móveis.
  • Regar as plantas.

Crianças de 5 a 7 anos

Nesta faixa etária é comum que as crianças estejam mais atentas ao mundo que as cerca, se sintam independentes e queiram fazer tudo do jeito delas. Por isso, é importante incentivar situações como:

  • Arrumar a cama.
  • Ajudar a lavar a louça.
  • Pendurar roupas em um varal na altura delas.
  • Levar o saco de lixo até a lixeira.
  • Fazer a lição de casa sozinha.
  • Varrer o chão.
  • Recolher as fezes do animal de estimação.

Para além das tarefas do dia a dia, é importante que o estímulo também venha de um jeito lúdico. Brincadeiras, como caça-palavras, quebra-cabeças e blocos de montar, por exemplo, podem ajudar as crianças a fazer escolhas, incentivando outras habilidades cognitivas e o raciocínio, tão necessários para a criação da autonomia.

Da mesma forma, é interessante envolver a criança em pequenas decisões – do almoço de domingo ao lanche que irá na lancheira da escola. Elas devem se sentir parte do todo, aumentando a sensação de independência.

Embora pareçam mínimas, estas atitudes podem ajudar no desenvolvimento das crianças, garantindo que elas se tornem pessoas mais seguras e conscientes de suas decisões, além de emocionalmente mais inteligentes.

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