Nos últimos anos a psicopedagogia tem desempenhado um papel fundamental no processo de alfabetização, caminhando lado a lado com a educação. E, mais do que uma área de estudo, a ferramenta se mostra eficaz na identificação das causas que impedem o bom desempenho e/ou desencadeiam dificuldades de aprendizagem e/ ou transtornos de apredizagem.
Afinal, sabemos: o processo de alfabetização é complexo e cheio de etapas, que são essenciais para a construção e aquisição das habilidades de leitura e escrita. Acontece que nem todos se desenvolvem com a mesma facilidade – alguns alunos, aliás, encontram muita dificuldade para aprender a ler e escrever por diferentes motivos.
Nesse cenário, um olhar especial e, muitas vezes, individualizado, pode ser essencial para identificar as causas e os problemas. E é aí que entra em ação a psicopedagogia.
Entenda a psicopedagogia na prática
Como o próprio nome sugere, a psicopedagogia une dois mundos distintos: pedagogia e psicologia, tendo como base a relação dos indivíduos com a aprendizagem.
Mas, diferentemente do pedagogo, que é o profissional que está efetivamente dentro da sala de aula, ministrando aulas e contribuindo para elevar a qualidade do ensino, o psicopedagogo trabalha com os processos de aprendizagem em si e as dificuldades e limitações inerentes a eles, bem como ações preventivas.
Ou seja, auxilia os estudantes que apresentam dificuldades no processo de aprendizagem como um todo, considerando os fatores cognitivos, sociais e emocionais e decifrando a origem da dificuldade apresentada.
Na prática, a psicopedagogia consiste em um trabalho de campo, com escuta ativa, observação e cuidado com o outro. Um foco muito maior na aprendizagem significativa e no indivíduo.
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Importância da psicopedagogia para o processo de alfabetização
Alfabetizar não é um ato isolado. São diversas as etapas de aprendizagem e todas têm como objetivo permitir que a criança assimile e construa o conhecimento, desenvolvendo também competências, habilidades e comportamentos que serão utilizados ao longo da vida.
Mas é comum que, ao percorrer essas fases, os estudantes enfrentem alguns conflitos cognitivos e conceituais, desencadeando situações que interferem diretamente no seu desenvolvimento. E é aí que mora o perigo, já que os problemas de desenvolvimento não limitam apenas o aprender, mas também a relação do indivíduo com o mundo exterior.
De situações relacionadas ao método de ensino a problemas de concentração ou fatores relacionados à família e ao contexto sociocultural, as dificuldades podem se apresentar de diferentes formas. E, por isso, o olhar mais individualizado e especializado da psicopedagogia é importante.
A ferramenta tem se mostrado, inclusive, muito eficiente na identificação, abordagem e solução de conflitos, uma vez que trabalha o aluno como um todo: do processo de aprendizagem à análise da mente, passando pelos fatores sociais, emocionais e cognitivos. Isso permite entender as particularidades de cada aluno e utilizar as dificuldades como ferramenta de aprendizagem.
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