A busca por uma sociedade mais justa, respeitosa e igualitária tem levado muitas escolas a investirem em ações sociais e iniciativas de impacto. Campanhas de arrecadação e distribuição de roupas, brinquedos e alimentos são bons exemplos do que pode ser feito dentro da sala de aula. Mas a solidariedade pode ser incentivada de outras formas também.
Em meio a tantas tragédias e desafios, especialmente relacionados à mudança climática, pobreza e desigualdade social, incluir as crianças em ações sociais é essencial para quebrar paradigmas e preconceitos.
A troca de experiências e de conhecimento permite ampliar e moldar sua visão de mundo, fortalecendo valores importantes para a formação do caráter, como respeito, responsabilidade e amor ao próximo. Ao mesmo tempo, ajuda a criar um ambiente mais inclusivo e diverso – e, consequentemente, uma geração mais consciente.
Importância das ações sociais na infância
Os primeiros sete anos são os mais importantes na vida de uma criança. É no primeiro setênio que ela desenvolve a fala e a coordenação motora, bem como habilidades e competências interpessoais, como a empatia.
Nesta fase, as crianças também tendem a absorver e replicar aquilo que observam e experimentam em casa e na escola. Não à toa, as experiências vividas nesse período impactam diretamente o desenvolvimento de uma pessoa ao longo de toda a vida.
Por isso, dar bons exemplos e apostar em iniciativas positivas é tão importante.
As ações sociais entram, justamente, nessa esteira. Ao participar ativamente de atividades que visam ajudar o próximo, seja em casa ou na escola, as crianças vivenciam, na prática, valores fundamentais para o dia a dia, como a solidariedade e responsabilidade social.
Mais do que isso. As ações sociais vêm, geralmente, acompanhadas de uma interação com diferentes grupos sociais e realidades diversas. O que significa que temos nas mãos uma valiosa oportunidade de aprendizado, que ajuda a ampliar a visão de mundo dos pequenos – que, comumente, é limitada àquela realidade que eles conhecem e estão acostumados.
Dessa forma, é possível incentivar o desenvolvimento de uma maior compreensão e respeito pelo próximo, ao mesmo tempo em que há uma troca – rica – de experiências.
O acesso a realidades paralelas permite a criação de uma geração de cidadãos mais tolerantes e respeitosos, capazes de conviver em uma sociedade plural. E esse é um dos grandes “xis” da questão quando falamos em ações sociais e desenvolvimento sustentável.
Como trabalhar solidariedade dentro da sala de aula?
Em um mundo cada vez mais competitivo, conectado e desigual, despertar o interesse das crianças pela solidariedade não é tarefa simples. Mas também não é impossível.
As ações sociais são a base para uma sociedade mais justa, mas, todo mundo precisa fazer a sua parte. Isso significa que é fundamental criar um ambiente escolar que estimule o engajamento e a participação social, por exemplo.
Isso pode ser feito por meio de projetos pedagógicos que abordem temas como cidadania, direitos humanos, desigualdade e sustentabilidade; ou rodas de conversa sobre meio ambiente, bullying e preconceitos.
Campanhas sazonais, que envolvam a arrecadação de roupas, alimentos e brinquedos para famílias carentes ou crianças em situação de vulnerabilidade, por exemplo, também são alternativas interessantes.
Outra ideia é incentivar a criação de projetos que ofereçam soluções criativas e colaborativas para os problemas enfrentados pela comunidade – uma forma, inclusive, de trazer os pais para dentro da escola.
De um modo ou de outro, é importante criar um ambiente que permita que os alunos ampliem a sua visão sobre o mundo e entendam que as diferenças existem. A forma como lidamos com isso e trabalhamos para diminuir barreiras é que faz a diferença.
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