Caracterizada pela agitação excessiva, a hiperatividade é um transtorno neurológico que exige atenção. Assim como a Dislexia, o Transtorno do Déficit de Atenção (TDAH) é geralmente identificado ainda na infância, quando a criança começa a ir à escola e passa a ter contato com atividades lógicas e processos e projetos novos.
Embora seja mais fácil de ser identificada na fase escolar, a hiperatividade nem sempre tem um diagnóstico sólido ou correto. Afinal, é natural confundir falta de rotina, orientação familiar, excesso de energia e a inquietação dos pequenos com as “brincadeiras de criança”.
Quando identificado de forma precoce, o comportamento pode ser tratado, diminuindo gradualmente com o passar dos anos. Há casos, por exemplo, em que a criança entra na puberdade e os sintomas, simplesmente diminuem; outros, no entanto, apresentam hiperatividade não diretamente no comportamento agitado, e, sim, numa mente mais inquieta e ansiosa.
Entenda o conceito de hiperatividade
Antes de mais nada, é importante conceituar a hiperatividade como uma condição que causa um excesso de energia e tem como característica principal a dificuldade de atenção e concentração em determinadas atividades.
Em síntese, o distúrbio afeta a parte do cérebro responsável pelo desenvolvimento, atenção, percepção, aprendizagem e interação social. Assim, é comum que quem sofre com o transtorno apresente também alguns sintomas como impulsividade excessiva e desorganização, por exemplo, além de dificuldade de socialização e de controle de comportamento.
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Dentre os fatores de risco que podem aumentar as chances de o paciente desenvolver a condição, podemos destacar:
- Gestações complicadas;
- Hereditariedade;
- Parto prematuro;
- Crises familiares;
- Abuso (físico e psicológico);
- Maus tratos;
- Doenças genéticas, entre outros.
E é essa falta de conhecimento sobre o assunto que chama a atenção. Justamente porque o problema pode ser prejudicial ao desenvolvimento infantil em fases importantes da vida, como a etapa de alfabetização.
Nesse cenário, toda informação é bem-vinda e manter um acompanhamento médico é crucial ao menor sinal de que algo não está correto.
Quais os sintomas de hiperatividade?
Como já falamos anteriormente, a hiperatividade pode ser – e geralmente é – confundida com malcriação ou com “comportamento de criança”, atrasando o diagnóstico.
Mas, como toda condição neurológica, ela possui características específicas, embora se manifeste de forma diferente em cada paciente. O hiperativo, por exemplo, corre, pula, retira objetos do lugar e fala sem parar, como se estivesse constantemente em busca de algo para ocupar a mente.
Sendo assim, cabe aos pais e professores observar bem os comportamentos e hábitos das crianças, identificando tudo aquilo que foge do padrão, como:
- Inquietação e agitação;
- Movimentos excessivos;
- Falar demais;
- Ansiedade;
- Agressividade;
- Irritabilidade;
- Impulsividade;
- Falta de atenção;
- Dificuldade de absorver aprendizado; e
- Dificuldade de assimilar regras e compreender instruções.
Além disso, o paciente hiperativo geralmente não consegue desligar os pensamentos e, portanto, não dorme bem. Ou seja, é comum que ele se mexa de forma excessiva e, eventualmente, até fale durante o sono.
Como tratar o transtorno
A hiperatividade é um transtorno que tem tratamento, mas que requer atenção. É preciso acompanhamento médico e psicológico, além de apoio de profissionais multidisciplinares, como fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional.
A família também desempenha um papel importante, assim como a escola, que deve estar preparada para receber essa criança e suas dificuldades. É natural que, inicialmente, o transtorno gere dificuldades de aprendizado e compreensão, mas, ao longo das sessões, o paciente tende a conseguir superar os desafios e assimilar melhor o mundo como ele é.
O acompanhamento conjunto é importante para que a criança se desenvolva plenamente, como indivíduo e como estudante.
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