Poucas coisas são tão importantes quanto a alimentação saudável infantil. Seja na introdução alimentar ou na fase de alfabetização, uma dieta que prioriza frutas, verduras, legumes, sementes e proteínas é essencial para garantir uma infância feliz e segura.
Mais do que isso, influencia no desenvolvimento infantil, ao mesmo tempo que aumenta a imunidade, melhora a aprendizagem e a capacidade cognitiva, além de proporcionar boas noites de sono. Estudos apontam, inclusive, que uma dieta saudável é capaz de aumentar a inteligência, assim como de melhorar o raciocínio e o rendimento do cérebro na infância.
Incorporar uma dieta saudável, no entanto, não é tarefa fácil. A rotina pesada das famílias faz com que os industrializados sejam maioria na compra do supermercado. As frutas são substituídas por biscoitos, bolinhos e salgadinhos, que vão bem no café da manhã e nos lanches da escola; a água dá lugar ao refrigerante e suco de caixinha; e os legumes perdem espaço para a pizza, salsicha e, claro, os hambúrgueres no fim da noite.
E é justamente nessa “praticidade”que mora o perigo.
Como incentivar a alimentação saudável infantil
Uma dieta pobre em nutrientes e minerais pode colocar a saúde das crianças em risco, com impacto direto na capacidade de concentração e foco, habilidades essenciais para o desenvolvimento cognitivo do aluno. Da mesma forma, o excesso de açúcar e sal, comumente encontrados em industrializados, contribui para elevar os níveis de estresse, ansiedade e agitação.
A boa notícia é que é na infância que são adquiridos os primeiros hábitos. O que significa que é possível desenvolver nas crianças hábitos mais saudáveis. Para isso, é fundamental que a família e a escola trabalhem em conjunto.
Uma boa forma de incentivar a alimentação saudável infantil é, justamente, ensinando. Ao explicar às crianças a origem das frutas e verduras e a importância delas a curto e longo prazo, pais e professores conseguem incluir, aos poucos e sem pressão, uma boa base alimentar na rotina.
Durante o processo, pode ser interessante apostar em atividades mais lúdicas, que ajudem a transformar a hora da refeição em um momento divertido. Apresentar frutas, verduras, legumes e grãos por meio de brincadeiras que explorem as características e curiosidades dos alimentos é uma alternativa, assim como envolver as crianças nos preparos. A experiência pode ficar ainda mais completa com o apoio de cortadores divertidos e receitas diferentes – como sorvetes de fruta, bolos com casca de alimentos e muito mais.
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Equilíbrio entre as refeições
A palavra que melhor define a alimentação saudável infantil é equilíbrio. As crianças fazem, geralmente, três refeições principais (café da manhã, almoço e jantar) e dois ou três lanches entre as refeições, dependendo da sua idade e rotina.
Isso não significa que elas devem consumir frutas em todas as refeições ou verduras, legumes e assim por diante. Embora estes sejam ingredientes importantes, é preciso garantir que o corpo tenha acesso a diferentes nutrientes ao longo do dia. É esse conjunto de vitaminas e minerais que garantirá o funcionamento do sistema imunológico, cerebral e cardiovascular e um desenvolvimento pleno para os pequenos.
Os carboidratos, proteínas e gorduras, por exemplo, encontrados em carnes, ovos, leite, cereais, grãos, frutas e legumes, são responsáveis pelo fornecimento de energia e pela formação e manutenção de músculos, tecidos, anticorpos e hormônios; enquanto as fibras, que também aparecem nesse grupo alimentar, ajudam o intestino a funcionar melhor, auxiliando na eliminação do que não é necessário.
Isso vale também para as vitaminas, que são micronutrientes essenciais que auxiliam na geração de energia, no fortalecimento do sistema imunológico e no funcionamento de todo o corpo; e para o ômega-3, que é encontrado em peixes e é essencial para a cognição, sistema cardiovascular e imunológico.
Com tantos elementos importantes, a dieta ideal é aquela que prioriza o equilíbrio e, portanto, reúne diferentes alimentos que oferecem uma variedade de nutrientes.
Abaixo, separamos alguns exemplos de ingredientes que podem ajudar a garantir uma alimentação mais saudável na infância e que oferecem benefícios cognitivos.
- Frutas vermelhas: ricas em antioxidantes que podem ajudar a proteger o cérebro contra danos oxidativos.
- Nozes e sementes: fontes de ácidos graxos ômega-3, vitaminas e minerais que promovem a saúde cerebral.
- Ovos: excelente fonte de proteínas, zinco e vitaminas A e D, importantes para a função cognitiva e a memória.
- Vegetais verdes escuros: as folhas são boas fonte de fibras e de vitaminas e minerais, como ácido fólico e ferro.
- Cereais e tubérculos: frutas, cereais integrais, como arroz, milho e outros, além de feijões, lentilhas e grãos de bico, são importante fonte de proteínas, cálcio, fibras, ferro e vitamina B, essenciais para a saúde infantil.
- Peixes e carnes: alguns peixes possuem ômega-3, importante para a cognição, sistema cardiovascular e imunológico, enquanto as carnes são ricas em proteínas, ferro, zinco e vitaminas do complexo B.
No fim do dia, o mais importante é priorizar uma alimentação saudável in natura. As crianças devem evitar ao máximo alimentos processados, ricos em gorduras saturadas, açúcares adicionados e sódio em excesso. Isso inclui, por exemplo, refrigerantes, doces, salgadinhos e alimentos fritos.
O ideal é que esses alimentos sejam apenas oferecidos ocasionalmente e em pequenas quantidades. A água é uma aliada nesse processo também e essencial para a manutenção de uma alimentação saudável.
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