O uso de neurociência na sala de aula tem se consolidado cada vez mais nas instituições de ensino, seguindo uma tendência global. Entender como esse aprendizado se processa e poder ativar áreas certas do nosso cérebro, contribui para que o aprendizado seja mais efetivo desde sua assimilação até seu armazenamento, as memórias.
E é justamente neste ponto que a neurociência desempenha um papel importante. A ciência nos permite entender melhor como os processos psicológicos ocorrem: da aprendizagem à memória, passando por funções executivas e todos os aspectos que envolvem o funcionamento do cérebro.
Em outras palavras, esta ciência permite compreender como nosso cérebro interpreta informações e as entende; como é o processo de tomada de decisões; como o cérebro faz cálculos e muito mais.
É como explica o neurocientista francês Stanislas Dehaene: “O cérebro de nossas crianças é uma formidável pequena máquina de aprender. Cada dia passado na escola modifica um número vertiginoso de sinapses. (…) Cabe a cada professor, experimentar com zelo e rigor, a fim de identificar, dia após dia, os estímulos ótimos com os quais se alimentarão seus alunos.”
Como aplicar a neurociência na sala de aula?
É certo dizer que a aplicação da neurociência na sala de aula é fundamental para entender e conduzir a forma como o ser humano aprende. Afinal, mais do que entender o funcionamento do cérebro, a técnica permite compreender o processo como um todo, favorecendo a aquisição de conhecimento.
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E você sabe como aplicá-la corretamente? Confira abaixo cinco dicas para aplicar a neurociência na sala de aula.
Aposte nos canais de aprendizagem
Trabalhar todos os canais de aprendizagem – visual, oral, auditivo, motor e o registro de memorização – é importante para estimular o conhecimento. Quando bem aplicados – e de forma moderada –, eles permitem reforçar a compreensão do conteúdo ensinado em sala de aula, sem que o aluno perca a concentração ou interesse.
Idealmente, é importante considerar a utilização dos recursos de forma distinta, evitando focar apenas na utilização de recursos de som, por exemplo, ou aula falada.
Invista em atividades práticas
Atividades práticas e diferentes também ajudam a ampliar a capacidade de absorção do conhecimento. Por isso, é importante que as aulas tenham, sempre que possível, vídeos e músicas, além de apresentações em grupo, dinâmicas, jogos e muito mais.
Envolva os alunos no aprendizado
O uso da neurociência na sala de aula inclui, também, envolver os alunos no processo de aprendizado, dando a eles a chance para que compartilhem suas experiências e se envolvam com o conteúdo.
O protagonismo e a autonomia, aliás, são duas habilidades que têm ganhado cada vez mais espaço e destaque na educação. Atualmente, tem se provado importante permitir que os alunos questionem e tenham uma participação mais ativa, contribuindo, efetivamente, para a aprendizagem.
Isso não significa que o professor não deve ter um papel ativo. Muito pelo contrário. O docente deve estabelecer seu papel como mediador do conhecimento, ajudando nas dúvidas e estimulando a reflexão e discussões saudáveis, sem fugir do tema.
Evite aulas longas
Existe um padrão de horários a ser seguido e nós sabemos disso. Mas é possível fazer pequenos ajustes que ajudam a evitar aulas muito longas, sem intervalos e com conteúdos muito densos, por exemplo.
É possível trabalhar com alternância de atividades e de entonação de voz; ou, ainda, apostar em posições diferentes e pausas para descanso ou para uma conversa descontraída – sobre o tema proposto, é claro.
Procure trabalhar os interesses dos alunos
Compreender os interesses e motivações dos alunos é importante para que eles se sintam representados e engajados.
É possível, por exemplo, relacionar seus interesses com questões mais técnicas, ligadas à disciplina. É o caso da internet, que pode ser uma grande aliada, assim como vídeos e aplicativos. Embora seja possível – e necessário – personalizar o conteúdo e o acesso, o uso da tecnologia tende a estimular a participação dos alunos e despertar o interesse.
É inegável que a aplicação da neurociência na sala de aula amplia a capacidade de aprendizado dos estudantes, uma vez que os professores estão mais preparados e entendem, de fato, o processo de aprendizagem como um todo. Por isso, é importante investir nesta ciência como um diferencial competitivo e intelectual, sempre com o objetivo de melhorar a performance dos alunos.
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